Por Arthur Franco
Agatha Christie morreu em 1976, mas a sua fama perdura até
hoje. Com mais de 80 livros publicados e diversas peças encenadas, a “dama do
crime” arquitetava como ninguém um crime. O seu método de escrita e criação passou
por tempos desconhecidos. Mas com a morte de sua filha Rosalind em 2004, foram
achados 73 cadernos escritos a mão que traziam valiosas anotações sobre suas
produções. Detalhes dos crimes, listas de suspeitos, criação de pistas, o desenrolar
da trama, tudo isso é revelado em Os Cadernos Secretos de Agatha Christie, de
John Curran.
Essas anotações são uma importante fonte de informação de
como Agatha desenvolvia as suas novelas. Desenhos, rabiscos, idéias aleatórias,
detalhes por morte por envenenamento, tudo isso em meio a anotações de triviais,
como listas de compras de presentes para o natal, deixam um pouco mais claro
como Agatha estruturava as tramas e não deixava um fio solto no fim da
história. Os cadernos deixam claro que eles eram para o uso pessoal de Christie,
já que não existe nenhum sistema de organização e a letra da autora não é das
melhores.
O livro já seria atrativo em si, mas para encanto dos fãs,
John Curran inclui dois contos inéditos de Christie. “A Captura de Cérbero”,
que deveria ter sido publicado em 1947 como o número 12 na coletânea de contos “Os
Trabalhos de Hércules”, só saiu para o público agora. O outro conto é “O
Incidente da Bola de Cachorro”, que nunca foi publicado porque Christie decidiu
aumentá-lo e transformá-lo em um livro, o que deu origem à Poirot perde uma
cliente.
Já no universo do romance policial, confira aqui a lista dos livros para se adentrar no mundo de Agatha Christie - Parte 1.
Já no universo do romance policial, confira aqui a lista dos livros para se adentrar no mundo de Agatha Christie - Parte 1.
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