quarta-feira, 16 de maio de 2012

Onde vive a esperança literária.

Por Carlos Gabriel F.

Quem aqui me vê divagando sobre literatura infantil imagina que tenho alguns problemas de desenvolvimento mental ou que me ludibriaram com algo limitado e forjaram-me ao falso conhecimento. Comecei com “Ode às cores esquecidas”, jogando ao cosmo cibernético a minha visão orgânica sob as cores e seus respectivos comportamentos. “Flicts” em suas páginas miúdas me marcara em tamanha voracidade que adquiri mais conhecimento em seus rabiscos coloridos minimalisticamente do que com brochuras de letras milimétricas e de páginas centenárias. Depois me veio a mente a importância do “Pequeno Príncipe” e seu imenso valor semântico para com minha subjetividade.



E só quero voltar neste âmbito novamente por mais um momento oportuno e, apresentar-vos, caso já não seja tão tarde, Maurice Sendak: aquele mesmo que escreveu o livro que foi adaptado aos cinemas e virou aquele filme-que-me-faz-chorar-por-horas, “Onde Vivem Os Monstros” (1963). Ontem completou-se uma semana que Maurice morreu, aos oitenta e três de puro prazer bélico literário. Seus livros trazem a tona valores infantis, que todos sobreviveram e tiveram uma história para contar; com ilustrações de riscos leves, o autor traçava a sua magnitude literária  e exibia ao lume o verdadeiro valor sentimental dos fatos.

O livro de 1963 foi, a priori, banido das livrarias e os professores o odiavam. Demorou-se tento para tornar perceptível à criticidade humanóide de que o livro de Maurice, na verdade, retrata os valores psicológicos personificados de cada sentimento humano: a raiva, o amor, a doçura, a razão, entremeados na alma e psicológico, labirinto complexo de pensamentos e ideologias em formação, de um indivíduo em formação. “Onde Vivem Os Monstros” é, em especial, tanto para mim quanto para um público interessado, uma expressão loquaz de expor metaforicamente o que se passa em um mundo paralelo ao real: daquilo que traz à tona vontades incabíveis e subjetivas.

Happiness isn't always the best way to be happy.

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