quarta-feira, 6 de junho de 2012

Definição de "ansiedade".


Por Carlos  Gabriel F.

Esperamos tanto por uma nova publicação de nosso autor preferido que nossas pernas se tornam líquidas quando a esperança pela nova leitura se torna lúcida. Festejamos de pés doloridos pela nova degustação (que seja rápida e dure o tempo suficiente para se tornar inesquecível!) literária a ser feita. Almejamos com a alma pelo desconhecido que salivamos por tanto tempo pelo inesperado. O novo livro de Carlos Ruiz Zafón chegou recentemente ao Brasil e mal posso esperar para visualizá-lo em contato com minha epiderme.


O Prisioneiro do Céu” traz ao lume os protagonistas do primeiro da série, “A Sombra do Vento” (2001) – com o patamar de treze milhões de exemplares vendidos –, Daniel Sempere e seu fiel amigo Fermín. A história, que tem sua gênese um ano após o casamento de Daniel e Bea, começa quando um desconhecido adentra na livraria da família e anseia por adquirir a brochura mais cara do local: “O conde Montecristo”, mantido trancada sob uma cúpula de vidro. 

O mistério sui generis de Zafón começa quando o homem deixa uma dedicatória nas páginas do livro à Fermín, “Para Fermín Romero de Torres, que retornou de entre os mortos e tem a chave do futuro”. Dá-se, então, um ponto de partida que promete convergir os mundos de “O Jogo do Anjo” (2008) e “A Sombra do Vento”. Daniel e Fermín lutarão contra a revelação de um segredo que é mantido na cidade há mais de duas décadas, no coração da cidade. A história vaga desesperada em sentido àquilo que os personagens mais temem: as sombras que crescem dentro de si próprios.

O modo único de Zafón aparece mais uma vez aqui com a promessa de unicidade emocional. Comprei o livro em uma loja on-line ainda esta semana e espero na ansiedade de cativação – que já se tornara absoluta em minha dignidade de motivação. A história já me parece tão formulada que a valorização com cinco estrelas é quase que certeira. Que seja assim feita nossa vontade.

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