sábado, 16 de junho de 2012

Elementar, meu caro espectador.

Por Arthur Franco

Alguns dos melhores livros que já li vêm da Inglaterra. O ambiente britânico, a culinária, a psicologia dos personagens, tudo parece culminar numa literatura exima, mágica e altamente cativante. E aparentemente os seriados oriundos desse país seguem o mesmo critério de produção.

Desde 2010 passei a acompanhar uma série inglesa que traz como personagem principal o detetive britânico mais famoso do mundo literário (dividindo esse posto talvez com Hercule Poirot): Sherlock Holmes.

Criação do célebre Sir Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes, teve a sua estréia no livro Um Estudo em Vermelho, publicado no fim do século XIX. O detetive ficou famoso pelo seu método dedutivo e lógico e pela resolução dos casos mais impossíveis, sendo protagonista de quatro romances e de mais de 50 contos. Sua fama é indiscutivelmente proporcional a sua inteligência e o personagem já foi objeto de diversos filmes. Mesmo pouco tempo depois da sua criação, o detetive já possuía uma legião de fãs. Prova disso foi a quantidade de cartas que Conan Doyle recebeu quando decidiu matar Sherlock em um dos contos.  

A série supracitada recebeu o nome de Sherlock e estreou na metade de 2010. Com Benedict Cumberbatch como Sherlock e Martin Freeman como Dr. Watson, a produção retrata o detetive nos dias atuais, mas ainda vivendo em Londres e solucionando casos improváveis com a sua brilhante mente. Com apenas duas temporadas, que juntas somam seis episódios (de uma hora e meia cada), a série se baseia essencialmente nos escritos de Conan Doyle. Dois dos romances protagonizados pro Sherlock já ganharam episódios: Um Estudo em Vermelho e O Cão dos Baskervilles.


Com uma produção excelente e a interpretação de um Sherlock meticuloso e adequado, a série consegue tanto evocar o clima de mistério e inexplicável presente nas brochuras quanto a arrogante personalidade de Sherlock. Um prato cheio para quem gosta do detetive.

Curiosidade: a frase “Elementar, meu caro Watson”, nunca foi proferida por Sherlock Holmes em nenhum dos romances nem dos contos. A sentença aparece um filme de 1929 intitulado O Retorno de Sherlock Holmes e depois disso caiu no vocábulo popular. 

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