Por Arthur Franco
Alguns dos melhores livros que já li vêm da Inglaterra. O
ambiente britânico, a culinária, a psicologia dos personagens, tudo parece
culminar numa literatura exima, mágica e altamente cativante. E aparentemente
os seriados oriundos desse país seguem o mesmo critério de produção.
Desde 2010 passei a acompanhar uma série inglesa que traz
como personagem principal o detetive britânico mais famoso do mundo literário
(dividindo esse posto talvez com Hercule Poirot): Sherlock Holmes.
Criação do célebre Sir Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes, teve a sua estréia no livro Um Estudo em Vermelho, publicado no fim do século
XIX. O detetive ficou famoso pelo seu método dedutivo e lógico e pela resolução
dos casos mais impossíveis, sendo protagonista de quatro romances e de mais de 50
contos. Sua fama é indiscutivelmente proporcional a sua inteligência e o
personagem já foi objeto de diversos filmes. Mesmo pouco tempo depois da sua
criação, o detetive já possuía uma legião de fãs. Prova disso foi a quantidade
de cartas que Conan Doyle recebeu quando decidiu matar Sherlock em um dos contos.
A série supracitada recebeu o nome de Sherlock e estreou na
metade de 2010. Com Benedict Cumberbatch como Sherlock e Martin Freeman como
Dr. Watson, a produção retrata o detetive nos dias atuais, mas ainda vivendo em
Londres e solucionando casos improváveis com a sua brilhante mente. Com apenas
duas temporadas, que juntas somam seis episódios (de uma hora e meia cada), a
série se baseia essencialmente nos escritos de Conan Doyle. Dois dos romances
protagonizados pro Sherlock já ganharam episódios: Um Estudo em Vermelho e O
Cão dos Baskervilles.
Com uma produção excelente e a interpretação de um Sherlock meticuloso e adequado, a série consegue tanto evocar o clima
de mistério e inexplicável presente nas brochuras quanto a arrogante
personalidade de Sherlock. Um prato cheio para quem gosta do detetive.
Curiosidade: a frase “Elementar, meu caro Watson”, nunca foi
proferida por Sherlock Holmes em nenhum dos romances nem dos contos. A sentença
aparece um filme de 1929 intitulado O Retorno de Sherlock Holmes e depois disso caiu no vocábulo popular.
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