quinta-feira, 19 de julho de 2012

540 arrepios.


Por Arthur Franco

Stephen King não é um nome que passa batido. No gênero terror, tanto na literatura quanto no cinema e em séries televisivas, o autor é um dos nomes mais conhecidos, publicando sucessos como Carrie, a Estranha, O Iluminado e Cemitério Maldito.

O primeiro livro de King que caiu nas minhas mãos foi o que justamente o que mais me aterrorizou. Desespero, com suas 540 páginas, narra a história de um casal viajando pela auto-estrada mais solitária dos EUA, a Rodovia 50. Um gato morto espetado em uma placa na estrada já antecede quão sombria será a viagem. Quando eles chegam a cidade de Desespero, em Nevada, descobrem que várias pessoas foram levadas para lá pelo xerife Collie Entragian, um homem determinado a fazer de tudo para que a sua lei seja cumprida. E é justamente nessa cidade que se dá uma luta entre o bem e o mal, o apocalipse entre Deus e o demônio. Todos aqueles presos na cidade pela mão do xerife vão descobrir o verdadeiro sentido da palavra desespero.


King não é poético. É frio, objetivo e duro com as palavras. As suas descrições são as mais precisas possíveis e seus personagens reais. O terror é verdadeiro através das suas palavras e o medo transcende as páginas do livro. O leitor consegue visualizar as cenas sanguinolentas, o desespero dos personagens, o temor pelo xerife. Apesar de longo, o livro prende pela sua narrativa rápida e pela necessidade de descobrir quem ganhará a derradeira batalha. 

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