Por Arthur Franco
Alice no País das Maravilhas foi concebido inicialmente em
1862 durante um passeio de barco pelo rio Tâmisa. Lewis Carroll e seu amigo
Robinson Duckworth haviam levado as irmãs Lorina Charlotte, Edith Mary e Alice
Pleasance Liddell, para um passeio e, com intuito de entretê-las, Carroll criou
a história de Alice. Dois anos depois, o autor decidiu passar a obra para o
papel e dedicá-la a irmã do meio da família Liddell, Alice. Mais tarde resolveu
então publicar a obra, aumentando-a e incluindo novos personagens, como o Gato
de Cheshire e o Chapeleiro Maluco.
Desde a sua publicação, o livro ganhou notabilidade e
conhecimento do público, sendo considerado uma obra clássica da literatura
inglesa e da literatura infantil. Pela tamanha notoriedade, o livro já ganhou
inúmeras adaptações cinematográficas. Mas certamente a mais marcante e
conceitual é o filme “Alice in Wonderland”, de 1951, produzido pela Walt
Disney. O longa-metragem traz uma Alice loira, em um vestido azul e combina
elementos de outro conto de Carroll, Alice Através do Espelho, considerado a
continuação de Alice no País das Maravilhas.
A história de uma garotinha que cai por um buraco e descobre
um mundo totalmente novo (e maluco) pode ser interpretada como uma metáfora da
transição da infância para a adolescência. No próximo post falarei um pouco dos argumentos que reforçam essa teoria.
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