sábado, 28 de julho de 2012

Alice adolescente I.


Por Arthur Franco

Alice no País das Maravilhas foi concebido inicialmente em 1862 durante um passeio de barco pelo rio Tâmisa. Lewis Carroll e seu amigo Robinson Duckworth haviam levado as irmãs Lorina Charlotte, Edith Mary e Alice Pleasance Liddell, para um passeio e, com intuito de entretê-las, Carroll criou a história de Alice. Dois anos depois, o autor decidiu passar a obra para o papel e dedicá-la a irmã do meio da família Liddell, Alice. Mais tarde resolveu então publicar a obra, aumentando-a e incluindo novos personagens, como o Gato de Cheshire e o Chapeleiro Maluco.


Desde a sua publicação, o livro ganhou notabilidade e conhecimento do público, sendo considerado uma obra clássica da literatura inglesa e da literatura infantil. Pela tamanha notoriedade, o livro já ganhou inúmeras adaptações cinematográficas. Mas certamente a mais marcante e conceitual é o filme “Alice in Wonderland”, de 1951, produzido pela Walt Disney. O longa-metragem traz uma Alice loira, em um vestido azul e combina elementos de outro conto de Carroll, Alice Através do Espelho, considerado a continuação de Alice no País das Maravilhas. 

A história de uma garotinha que cai por um buraco e descobre um mundo totalmente novo (e maluco) pode ser interpretada como uma metáfora da transição da infância para a adolescência. No próximo post falarei um pouco dos argumentos que reforçam essa teoria. 

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